terça-feira, 27 de abril de 2010

Quando ela dança...

Esse post não tem a ver com moda, mas tem (tudo!) a ver comigo. E como esse é meu espaço... Enfim....


Desde pequena que a dança faz parte da minha vida e da minha alma.

Por amar essa arte, sempre busquei me encontrar em algumas de suas frações.

Tentei o balé (e minha terrível falta de alongamento), sapateado, contemporâneo, jazz, hip-hop ... e até pole dance! Mas foi na milenar dança do ventre onde encontrei minha essência!

Já um pouco avançada na dança e podendo experimentar as maravilhas que ela faz na alma, descobri esse poema que pra mim fez todo o sentido:




Quando Ela dança

Quando ela dança
Se livra da máscara mundana,
Deixa para trás seus sapatos, seus compromissos e suas preocupações
Desliza para dentro do veludo e da exaltação
E deixa sua pele envolvê-la gentilmente,
Como uma luva sobre sua alma.




Quando ela dança
Fecha o exterior,
Abre o interior,
Remove tudo aquilo que é estático
E a dança simplesmente vem.

Quando ela dança
Ela viaja,
Volta para os penhascos de Malta ou Creta,
Para os anéis das pedras druidas,
Ou para a caravana que encontra uma caldeira,
Onde o círculo das irmãs que dançam
E o braço dos largos quadris da Terra
Embalam-na carinhosamente de volta para casa.

Quando ela dança,
Alimenta-se dos valores, guardados por séculos
Nas tumbas lacradas das sacerdotisas e rainhas.
Pois a ira e a majestade sensual e vibrante dessas mulheres deve vir à tona dentro dela,
Ela não sabe. Só sabe que se sente assim quando dança.


Quando ela dança, as vezes o passado se une ao futuro,
E tudo que importa é o momento presente, que parece abranger todos os tempos.
Cada passo torna-se uma rede, na qual captura sua vida,
E a ilumina para que os outros possam ver,
Depois a deixa ir, como um sonho.


É verdade que, geralmente, quando ela dança,
Ela mostra cada parte de sua história
Mas outras vezes, quando ela dança,
Sua história desaparece.
Ela é qualquer pessoa que queira ser quando dança.


Quando ela dança,
E os dias passam sem celebração,
Forma-se uma crosta,
Cresce uma aresta e
Ela fica impaciente com os outros e consigo mesma.
Mas quando ela dança novamente, volta para o templo.
A pressão volta ao normal e ela sorri.

Se olhar bem de perto é difícil dizer
Se ela é jovem, velha ou de meia idade.
Ela não tem uma idade específica,

Mas é a eterna donzela,
No corpo de uma mãe,
Com a alma de uma mulher sábia
E ela permitirá que você a veja por dentro

Quando ela dança.


Karen Andes

Para as que se inspiraram e quiserem experimentar, minha sugestão é:
Espaço La Luna: 3931 2982
Prof. Rossana Mello ( que por si só já inspira muitas mulheres)

2 comentários:

  1. Linda homenagem a nossa arte amiga...bjim

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  2. Tchuthu.. Gostou?!... Tinha esquecido de colocar o espaço, agora coloquei... Quanto aos brechós, to preparando um post especialmente pra vc , com dicas de brecho aqui em Rib! Aguarde!!! Bj

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